Educação de faz de contas

O sistema educacional do Brasil é algo que, apesar das propagandas dos governos, não vai nada bem. Tudo começa com a falta de uma política de Plano de Cargos Carreira e Remuneração (PCCR) pa ra os profissionais da educação, que para poderem complementar a renda e poderem viver dignamente, são obrigados a dobrar e triplicar a carga horária, e muitos deles ainda dão cursinho e aulas particulares nos finais de semana, comprometendo assim, a qualidade do ensino e dos conteúdos ministrados.

A falta de incentivo por parte do governo para a implantação de um sistema de formação continuada para esses profissionais, é outro grande problema para a educação de nosso país. São muitos os professores que fazem apenas um curso de licenciatura plena, e por falta de condições financeiras ou de disponiblidade de tempo para continuarem estudando e fazerem uma graduação, param seus estudos e se veem prejudicados com as constantes mudanças e transformações que vão ocorrendo na educação com o passar do tempo.

No sistema educacional brasileiro existe uma grande parcela de professores, até mesmo nos grandes centros, que estão nas salas de aula, tendo apenas a formação pedagógica, e grande parte deles trabalhando na informalidade, através de contrato de trabalho, ganhando menos do salário mínimo nacional, e sem terem nenhum tipo de segurança, seja médica, trabalhista ou previdenciária. O pior de tudo, é que trabalham sob ameaça contante de serem demitidos a qualquer momento sem nenhum critério, e quando o são, não são ressarcidos pelo seu tempo de trabalho. Esses professores são contratados na maioria das vezes através de indicação política, e perdem o emprego sempre que mudam os governos, ou quando o político que o indicou desconfia de sua fidelidade a ele, ou ainda quando esse político recebe a adesão de uma pessoa de maior peso político que aquele.

Portanto, fica difícil acreditar que a médio, ou até mesmo a longo prazo, teremos no Brasil uma educação de