Economia

3691 palavras 15 páginas
VISÃO KEYNESIANA:
Valor, 11 de janeiro de 2013 Estagnação e a herança maldita Luiz Fernando de Paula O baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012, puxado em boa medida pela desaceleração da taxa de investimento, tem levantado um debate sobre os rumos da política econômica no governo Dilma, sendo que na interpretação de vários economistas ortodoxo-liberais a desaceleração é consequência do fracasso do modelo intervencionista estatal. Para tais economistas, a desaceleração econômica resulta do excesso de intervenção do Estado na economia (falta de transparência regulatória, incentivos a demanda, etc.) que aumenta a incerteza e inibe o espírito animal empresarial. Adiciona-se ainda que a falta de reformas liberalizantes (reforma trabalhista, legislação tributária, ambiente regulatório, redução de carga tributária, etc.) contribuiria igualmente para a queda na produtividade e na taxa de investimento. Alguns economistas sustentam ainda que os efeitos benéficos das reformas do governo FHC ("herança bendita") estariam acabando, dando lugar assim ao velho modelo estatista dos anos 70. Em uma só expressão, é preciso "romper com o estatismo". Como a prova do pudim está em comê-lo, a evidência derradeira de que não seriam apenas fatores externos que explicariam o menor crescimento da economia brasileira é o fato de que nossos vizinhos latino-americanos - Chile, Colômbia, México e Peru -, que teriam adotado um modelo menos intervencionista, têm tido um crescimento maior nos últimos anos do que o Brasil. Vamos avaliar a consistência desses argumentos, começando pelo final. Não faz qualquer sentido comparar o Brasil - uma economia de grande mercado interno - com economias de pequeno porte como Chile, Colômbia e Peru, cujo dinamismo é derivado primordialmente da exportação de commodities e produtos agrícolas. Já o México, de maior porte, é uma economia muito dependente da economia americana, tendo tido uma taxa média de crescimento de 2,5% em 2005/12 (contra 3,7%

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