economia

Gastos públicos e desenvolvimento socioeconômico: uma análise do Brasil.

A preocupação com os efeitos dos gastos públicos na economia é recorrente, sobretudo ao constatar os impactos deles sobre o crescimento econômico. Diversos trabalhos teóricos e empíricos defendem que esses gastos podem elevar o crescimento econômico e aumentar a produtividade do setor privado. Por outro lado, um excesso dos gastos públicos financiados por impostos abusivos e a ineficiência na alocação dos recursos podem superar o efeito positivo dessas aplicações. Para ter uma noção destes resultados, é preciso atentar para a participação dos gastos sobre o produto interno e aos fatores que indiciam possibilidades positivas e negativas de tais ações.
Buscando demonstrar suas teorias e citando pensamentos que as fomentam, utilizaremos alguns dos economistas e pensadores que expressaram no longo da historia, conceitos, causas e conseqüências da utilização dos gastos públicos e os reflexos que trazem para o desenvolvimento econômico.
Schumpeter, ao tratar do Brasil, constatou que no decorrer dos anos o Estado precisou suprir a insuficiência interna devido ao grande aumento da divida externa e a dificuldade de gerar seu desenvolvimento econômico. No período de 1950 a 1990, o Estado cumpriu várias funções na economia, onde normalmente nos países desenvolvidos são desempenhadas pelo setor privado. Como conseqüência, essa expansão de funções aumentaram as despesas públicas e geraram inflação crônica.
Assim, o crescimento dos gastos públicos e as falhas do governo produziram desvios, com inflação, de­semprego, deslocamento da produção privada e desindustrialização. Foi onde ocorreu a crise do Esta­do cobrador de impostos. A partir de 1970, a idéia básica passou a ser a de que o cresci­mento econômico e o bem-estar social somente aumentariam com a redução do tamanho do Estado na economia. As falhas do mercado foram substituídas pelas falhas do governo e o bem-estar so­cial se reduziu em vez de