Economia cultural de salvador
Noelio Dantaslé Spinola 2
RESUMO Este artigo deriva de pesquisa realizada no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Urbano da Universidade Salvador. O escopo do trabalho previu a realização de uma radiografia da economia cultural na velha capital do Estado da Bahia – Brasil, em especial dos setores que possuem efeitos multiplicadores e impacto na geração de novos negócios, emprego e renda, destacando-se os vinculados ao carnaval; ao candomblé; à música; à moda e ao artesanato entre outras manifestações culturais. PALAVRAS CHAVE : Economia Cultural, Economia Urbana, Economia Regional, Antropologia Social, Geração de Emprego e Renda.
A economia cultural
A expressão economia cultural refere-se a um vigoroso campo de produção, circulação e consumo de bens e serviços simbólicos, de natureza material e imaterial, genericamente denominados bens ou produtos culturais. Seu uso tem sido cada vez mais recorrente nos meios acadêmicos, intelectuais e na mídia, embora a bibliografia sobre o assunto ainda seja exígua. Existem algumas pesquisas que estão sendo promovidas pelo Ministério da Cultura3 e estudos que abordam a relação de determinados bens culturais com o mercado. No entanto, não há uma conceituação explícita do que seja economia cultural. Para discorrer sobre a economia da cultura talvez seja preciso antes compreender os termos em separado, para depois ressignificálos em seu conjunto. A importância da esfera econômica pode ser observada nos diversos mundos culturais do planeta, em todas as épocas históricas e em todas sociedades. Mas a noção de economia de mercado delineou-se na modernidade ocidental e, mais especificamente, no modo de produção capitalista. O desenvolvimento do capitalismo coloca o mercado na posição de regulador da vida social nas diversas sociedades que adotaram este regime político-econômico. A configuração das sociedades contemporâneas permite interpretar tudo como mercadoria. Marx