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Carlos Millan

Carlos Barjas Millan (1927-64) nasceu em São Paulo e formou-se arquiteto em 1951 no Mackenzie.
Seus primeiros projetos foram realizados com uma loja de mobiliário chamada Branco e Preto, cuja mentalidade visava da influência norte-americana, com grandes beiras, telhado aparente e retalhamento exaustivo de materiais, tais aspectos são visíveis nos projetos para a Residência Tomás Marinho de Andrade, q obteve uma grande influência da casa de Kaufmann de Richard Neutra; e também na residência Oswaldo Mitsuo Fujiwara, com exagerada especificação de materiais e dispendiosa execução.
Sua arquitetura sofria de mutação perpétua, porém ele gostava de apresentar detalhes suficiente para extinguir qualquer dúvida relacionada com sua obra em execução. Dessa forma, pela perpetuidade, o detalhamento e soluções sempre estiveram presentes em suas obras.
Uma característica marcante em seus projetos decorre no final dos anos de 1950 e início de 1960, quando divide escritório com Joaquim Guedes. Sua arquitetura começa a obter grande influência da obra de LeCorbusier, e não somente isso, mas também adere a postura e pensamento daquela geração paulista.
Nos tempos seguintes Millan começou a lecionar na FAUUSP e no Mackenzie, passando seus conhecimentos e suas ideologias arquitetônicas.
Nos seus últimos 4 anos de vida, Millan desenvolve seus projetos mais impressionantes, como por exemplo a residência Nadyr de Oliveira e Residência D'Elboux. Porém, até hoje, seu trabalho mais notado é a residência de seu irmão, construída em 1960, onde melhor aborda seus conceitos.

Obras:
Residência Orôncio V. Arruda (1951) – residência para um parente de Carvalho Franco. 3 dormitórios, 1 banheiro, sala de estar e jantar juntas, cozinha, lavanderia e banheiro de serviço. A planta é uma intersecção de dois retângulos não alinhados. A zonas de dormitórios e serviços são destacadas em volumes independentes.

Escola para Olivo Gomes (aprox. 1952) – projeto executivo de uma escola com