Dobutamina

Caso Clínico

Paciente do sexo feminino, idade 65 anos apresenta sinais de: sepsia; hipotensão (80/40 mmHg ); taquicardia e oligúria. O tratamento utilizado é dobutamina, neste caso clinico será este fármaco o mais adequado? sim ou não, justifique sua resposta.

Resposta: Sim, usa-se Dobutamina

A sepse pode ser definida pela presença de Síndrome da resposta inflamatória Sistêmica (SIRS) de origem infecciosa, caracterizada por insuficiência circulatória aguda com má distribuição generalizada do fluxo sanguíneo que implica falência de oferta ou utilização do oxigênio no tecido.

Pacientes com sepse grave e choque séptico apresentam vasodilatação e grandes perdas hídricas para o espaço intersticial que podem somar-se à depressão miocárdica. O consequente comprometimento do fluxo sanguíneo pode resultar em isquemia de extensos territórios que, se não revertida precocemente, precipita o desenvolvimento de disfunção de múltiplos órgãos elevando a chance de óbito.

A dobutamina é o inotrópico de escolha no paciente séptico com sinais de disfunção miocárdica. A terapia inotrópica com dobutamina está indicada quando a meta de SvcO2 > 70% (Saturação Venosa Central de Oxigênio) não for alcançada com a expansão volêmica adequada e se há hipotensão, taquicardia, e débito urinário o uso da dobutamina deve ser acompanhado de um vasopressor. E levaremos em conta a influência da idade da paciente que é um fator que não se pode descartar.

Com este quadro clínico faz uso de Dobutamina que é um fármaco vasopressor, que apresenta um efeito predominante beta adrenérgico, responsável por ação inotrópica positiva que representa força do coração e a FC, como há presença de hipotensão, neste caso há necessidade de suporte inotrópico ou vasopressor. Outra ação é vasodiladora discreta que ocasiona o aumento do débito cardíaco e diminuição da resistência vascular periférica e broncodilatadora.

A infusão de drogas vasopressoras deve ser iniciada em pacientes sépticos