diferença de árabe e muçulmano

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O Marrocos é um país árabe, mas também um país islâmico. Um termo não é sinônimo do outro. Nem devem ser confundidos, embora estejam historicamente ligados.

Quando a personagem Jade – ou a Latiffa, ambas da novela O Clone – diante de estranhos cobre os cabelos e o rosto com um véu (hijab), ou quando o tio delas, o patriarca Ali, tira os sapatos e se ajoelha para, cinco vezes ao dia, rezar voltado para Meca – a cidade sagrada do islã, localizada na Arábia Saudita, no Oriente Médio -, esses costumes revelam o dia-a-dia de uma comunidade muçulmana.

Ao ouvir a população marroquina – incluindo parte dos berberes do deserto – falando o idioma árabe e não apenas durante as orações, aí estão indícios claros de que se trata de um país árabe.

A diferença entre os termos árabe e muçulmano é que o primeiro geralmente se refere à língua oficial e à etnia dos habitantes de um país, enquanto o segundo é um conceito religioso.

Confundir árabes com muçulmanos, portanto, é um erro. Ainda mais porque existem árabes que não são muçulmanos e muçulmanos que não são árabes. Dois exemplos: os árabes católicos do Líbano e da Síria e os muçulmanos da Indonésia, o conjunto de ilhas localizado em pleno Oceano Índico, no sudeste da Ásia, onde vive

hoje a maior comunidade islâmica não-árabe do mundo, com cerca de 225 milhões de pessoas.

Origem histórica

A confusão entre árabes e muçulmanos está ligada ao surgimento do islã: tudo porque um árabe, o profeta Muhammad (Maomé), foi quem fundou a religião no século VII e também porque o Alcorâo (ou Corão), o livro sagrado dos muçulmanos, é todo escrito em árabe.

Onde quer que um muçulmano viva ou que idioma fale, é em árabe que ele deve recitar as preces alcorânicas diárias. É exatamente o que fazem na vida real os marroquinos, os egípcios, os iranianos e os indonésios. E na novela O Clone também o patriarca Ali, Abdul e os irmão Mohamed e Said.

A expansão do islã, que nasceu na Península

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