Diarios de sobreviventes

Diários de Sobreviventes

CAPITULO 1

–Invadiram o portão! – disse um dos militares com o rosto extremamente assustado.
André estava dormindo, acordou assustado e bateu com a cabeça na cama de cima do beliche. Irritado resmungou algo baixinho ao ver que era um dos novatos e imediatamente deduziu que era só um ou dois zumbis típicos que invadiam de forma surpreendentemente habitual, meio zonzo devido a pancada da cabeça viu um borrão atravessando a porta e trancando-a, uns segundos depois, viu que o borrão era Deborah, surpreendentemente assustada, revirou o armário e pegou roupas para André, ele se vestiu sem questionar, já tinha se acostumado com o jeito autoritário dela.
–Temos que sair daqui, e rápido! – Deborah tinha um tom de voz desesperado, incomum com sua frieza habitual – tem muitos, muitos deles, não vamos aguentar por muito tempo!
–Ai, sério cara? – André estava irritantemente calmo – aposto que são mais ou menos uns três ou quatro
–Mas que merda André! Me escuta, eu não sou uma dessas meninas desesperadas, se eu digo que são muitos, são muitos!
André odiava, mas era obrigado a concordar, se ela dizia que eram muitos, eram muitos. André se levantou rapidamente pegou suas roupas e se vestiu com extrema agilidade, os dois saíram e Deborah pegou um facão e deu-o a André, estava certa, eram muitos, pensou André, viram um muro ao longe, era com certeza o caminho mais seguro, só tinha dois dos mortos-vivos naquela direção, André partiu na frente erguendo o facão, o sangue jorrou quando o facão penetrou na cabeça deformada e a mandíbula solta, presa somente por uma tira de carne putrefata, o corpo caiu, o outro zumbi o ignorou e foi em direção a Deborah que com muito mais suavidade enfiou a faca um pouco menor que a de André no olho do morto-vivo, pularam o muro, a muito tempo não viam a cidade e parecia pior do que imaginavam, carros capotados, sangue em todo o chão, prédios em chamas, ao longe ouviram um grito de uma mulher, não viram direito quem,