Democracia futebol stica

Democracia futebolística
O longa-metragem “Democracia em Preto e Branco” foi dirigido por Pedro Asbeg (o mesmo que dirigiu “Pulmão da Arquibancada, a Raça Rubro-Negra”) e lançado em 2014. O filme se passa no período ditatorial brasileiro e conta a história da democracia corinthiana, um movimento que nasceu dentro de um time de futebol e pregava os princípios do sistema político que esta leva o nome. Esse sistema funcionava através do voto igualitário (funcionários e jogadores tinham o mesmo peso no voto) onde decisões importantes eram discutidas e a eleição era feito de modo democrático.
Esse tipo de atitude era considerado uma ameaça ao governo daquela época, uma vez que os jogadores estampavam em suas camisetas dizeres estimulando o povo brasileiro a reagir, a lutar pelos seus direitos. Ao mesmo tempo em que era uma ameaça, era uma esperança ao povo brasileiro que já estava cansado de tanto sofrimento vivido devido ao modelo político instaurado naquela época. A autossuficiência que o time possuía permitiu várias vitórias, entre elas o campeonato paulista de 1982 e 1983.
Os principais jogadores que participavam desse movimento eram Sócrates (antes de se tornar futebolista, ele era médico), Casagrande (ex-atacante do Corinthians) e Zenon. Juntamente com o Sociólogo Adílson Monteiro Alves eles fizeram parte do que era o maior exemplo de democracia na época da ditadura militar brasileira. Um dos principais objetivos desse movimento era passar para o povo brasileiro um sentimento de reforma, de mudança, sem que eles fossem punidos por isso. O movimento gerou tanto incômodo à camada militar, que foi pedida certa moderação em relação às atividades da organização.
Apesar de muitos exílios sofridos naquela época por parte dos ativistas, os jogadores não foram punidos, nem exilados, mesmo sendo um estorvo aos planos dos militares. Uma outra faceta importante desse período foi a do rock nacional.Bandas como Barão Vermelho e Os Paralamas do Sucesso representavam uma voz