Critico

977 palavras 4 páginas
Tropa de Elite e a banalização da violência institucional
Francisca Vergínio Soares* Mesmo sendo um filme cujo enredo se diz fictício, o filme Tropa de Elite, homônimo do livro Elite da Tropa, não é tão fictício como parece, considerando que os autores do livro tiveram uma experiência no campo da segurança pública. Um deles é o antropólogo Luiz Eduardo Soares, que no Governo de Anthony Garotinho, no Rio de Janeiro, foi coordenador de Segurança, Justiça e Cidadania no período de 1999 a 2000 e secretário nacional de Segurança Pública em 2003, no primeiro Governo Lula. São autores também André Batista e Rodrigo Pimentel que, durante a década de 1990, integraram o Batalhão de Operações Policiais Especiais da Polícia Militar do Rio e Janeiro (Bope). O filme t m sido alvo de várias análises, aliás, como todos os filmes brasileiros – como e ‘‘Central do Brasil’’ e ‘‘Cidade de Deus’’ entre outros – que procuram retratar o cotidiano popular enfocando determinados problemas sociais. No caso do filme Tropa de Elite, o que chama a atenção é a reação do público durante o tempo em que a história (?) transcorre. Há uma certa empatia do público, principalmente quando o personagem do ator Wagner Moura, aliás, de um convencimento que causa perplexidade, o Capitão Nascimento, usa de métodos condenáveis para conseguir suas informações. A cena deixa a impressão que ainda estamos nos anos de chumbo da ditadura militar. Neste aspecto, chamo a atenção quanto à idéia de segurança pública no que se refere ao entendimento da sociedade, ou seja, todos nós que assistimos ao filme. O que quero dizer? Continuamos a aplaudir uma polícia violenta e que tem autonomia, não sei ainda se relativa ou absoluta, mas que executa suas ações centradas no fazer ‘‘justiça a qualquer preço’’ ou conseguir informações, independente se os métodos empregados sejam ou não discricionários porque os fins justificam os meios. Estaria no inconsciente coletivo a idéia de que segurança pública tem a ver com o

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