Crise financeira
Essa arquitetura financeira foi parcialmente desmontada na década de 1970, e foram diversas as razões que levaram ao fim do regime de Bretton Woods, incluindo as crises do petróleo de 1973 e 1978, que culminaram na crise do dólar, fato que acabou levando à substituição do padrão dólar-ouro pelo padrão vigente hoje, dólar-dólar. Desta forma, a partir do fim da Guerra Fria, que levou com ela o modelo bilateral de governança mundial, passa a reinar um mundo em que as organizações internacionais técnicas se fortalecem e os regimes internacionais se estabelecem. Porém, no âmbito financeiro, isso não se concretiza e os Estados passam a atuar praticamente sem nenhuma regra, de maneira arbitrária.
Hoje, a questão da taxação dos fluxos financeiros como forma de controlá-los se torna uma discussão relevante para a análise da política macroeconômica, devido à repercussão da crise financeira deflagrada no setor imobiliário e bancário norte-americano em 2007 e que se disseminou pela economia mundial nos anos de 2008 a 2010.
A atual crise europeia, que tem um perfil diferenciado da crise financeira norte-americana, originou-se dos efeitos mundiais da primeira. Ambas tiveram graves efeitos sobre a economia real, gerando corte de gastos