Cotas nas universidades

Cotas nas universidades e cotas nos concursos, são assuntos distintos. Pode-se dizer inicialmente que a educação é ponto de partida, enquanto o concurso é ponto de chegada. Se o ponto de partida é igualado de forma justa por meio do acesso à universidade pública, não parece haver sentido em criar caminho mais curto para a chegada. Os que possuem acesso à mesma educação superior não possuem as mesmas condições de disputar, processos que utilizam o mérito, como critério seletivo.
Outro assunto, igualmente polêmico é a legalização do aborto. Sabemos que no Brasil o aborto é crime e só tem exceções para os casos de estupro e risco de vida e/ou saúde da mulher. Sabemos que qualquer mulher pode vir a abortar, mas a ocorrência de problemas de saúde relacionados ao aborto clandestino é bem maior para as mulheres pobres e negras que, são as que de fato, se submetem a atendimentos e condições mais precárias e arriscadas. Trata-se de um reconhecido problema de saúde pública que deve ser fortemente debatido, ainda mais por lidar com vários aspectos, inclusive o religioso.
Sabemos que quando se trata do aspecto religioso, a comunicação fica um pouco mais delicada e quando citada a religião e crença juntamente com dinheiro, torna-se um assunto questionável. Houve um pedido de retirada da frase “Deus seja louvado” nas cédulas de reais, com o argumento de que o Estado brasileiro deve estar completamente desvinculado de qualquer manifestação religiosa. Por outro lado, a igreja questiona qual seria o problema das notas continuarem com essa alusão a Deus, porque para quem não crê em Deus, ter ou não ter essa referência não deveria fazer diferença, e para quem crê isso significa algo, sendo que esta é a maior parte da população brasileira. Sendo assim, as duas visões têm fortes argumentos.
A redução da maioridade penal também é um assunto que causa muitos questionamentos, também por ter muitos argumentos. Um dos argumentos para que não tenha a redução da maioridade é que, com o