Contra a socialização da medicina

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Brasil Colônia: de 1500 a 1822 A beleza e a grandiosidade das paisagens, a riqueza da alimentação, a pureza das águas e o clima ameno dava a ideia de um paraíso sobre as terras e os indígenas descobertos em 1500 por Pedro Álvares Cabral. Entretanto essa forte tendência idealizadora que marcou o primeiro contado com o Novo Mundo durou pouco. Já no século XVII a colônia portuguesa da América era identificada como ´´inferno´´, onde os colonizadores e os negros africanos tinham poucas chances de sobrevivência. Conflitos com indígenas, dificuldades materiais da vida na região e as frequentes e múltiplas enfermidades eram os principais obstáculos para os colonizadores. No longo período colonial, a medicina erudita era exercita por pequeno número de médicos, cirurgiões e boticários, de formação europeia. Os médicos e cirurgiões que se instalaram no Brasil encontraram diversas dificuldades para executar sua profissão. Além do gigantesco território, do número reduzido (em 1746, em toda a região dos atuais estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, havia apenas seis médicos graduado em universidades europeias) e da população pobre que muitas das vezes não tinha como pagar uma consulta, o povo tinha medo dos tratamentos baseados em purgantes e sangrias. Em vez de recorrer aos médicos, à população, rica ou pobre, preferiam recorrer aos curandeiros negros ou indígenas em busca de suas ervas, garrafadas e cantos. Nos surtos epidêmicos, os médicos e os curandeiros poucos podiam fazer, uma vez que era desconhecido o processo de contaminação (até associado ao miasma, ar corrompido, teoria que perdurou por muito tempo). Sendo o isolamento do infectado a única opção possível e prática aceita por todos. A ação dos poderes públicos no campo da saúde se restringia à regulamentação das artes de cura, licenças expedidas por tribunais portugueses, autorizando a prática aos que

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