Contabilidade

Contabilidade Ambiental
As mudanças da economia, que foram aceleradas a partir da década de 1990, bem como a influência dos diversos movimentos no sentido da conscientização de todos para as questões relativas ao meio ambiente, e as pressões dos mais diversos segmentos da sociedade, levaram as empresas a preocuparem-se com a gestão do uso dos recursos naturais utilizados e com o impacto ambiental resultante da boa ou má utilização desses recursos – a gestão ambiental.
Ferreira (2003, p. 43) considera que a razão principal da existência da gestão ambiental é a necessidade de propiciar o melhor retorno econômico possível sobre os recursos da entidade, considerando, também, a preservação do meio ambiente. Esta autora também argumenta que, “se o uso dos recursos naturais não afetasse as relações econômicas e, principalmente para a contabilidade, o patrimônio das organizações, não haveria necessidade de relatar e medir esses fatos e, portanto, ela não seria necessária” (FERREIRA, 2003, p. 11).
Outro aspecto importante a salientar no processo de gestão ambiental é a gestão dos custos ambientais, cuja viabilização envolve, não só os gestores ambientais, especialistas em meio ambiente, mas, também e principalmente, a área contábil, responsável pelo processamento das informações relativas aos custos ambientais, fundamentais para o processo de tomada de decisões.
A Contabilidade Ambiental surgiu, portanto, em função da necessidade de suprir esses gestores de informações que os subsidiasse em suas decisões. Segundo Bergamini Júnior (1998) apud
Bonelli (2002, p. 62), estudos iniciados, em 1991, pelo United Nations Intergovernmental Working
Group of Experts on International Standards of Accounting and Reporting (ISAR), culminaram com um documento denominado Relatório Financeiro e Contábil sobre os Passivos e Custos Ambientais, em fevereiro de 1998, cujos conceitos estão em consonância com aqueles determinados pelo
International Accounting Standards