Confraria de letras correa de arújo

RAIMUNDO CORRÊA DE ARAÚJO
Nasceu em Pedreiras, aos 29 de maio de 1885. Foram seus pais: Raimundo Nonato de Araújo e Antônia Corrêa de Araújo.
Corrêa de Araújo cursou a Faculdade de Direito do Maranhão, recebendo o diploma de bacharel em ciências jurídicas e sociais, em 1928. Cedo dedicou-se ao magistério, ensinando no tradicional Liceu Maranhense Historia Universal e Sociologia.
Exerceu, por muitos anos, o cargo de Diretor da Biblioteca Pública do Estado, no qual se aposentou. Dispersivo e desprendido das coisas terrenas, Corrêa de Araújo, à frente da livraria pública, revelou-se bom administrador, zelando pelo acervo da então valiosa biblioteca com proveitosa atividade. Pouco conhecia de biblioteconomia, mas essa falta era suprida com a intuição própria dos homens inteligentes. Militou no jornalismo, colaborando em vários jornais da época.
Imprimiu versos nos seguinte periódicos: "Pacotilha", "Revista do Norte", "A Avenida", (1909), "Os Novos", "Diário Oficial" (1912), "Revista Maranhense" (1916), "Ateneida" (1912), "Leitura Ilustrada" (1925), "Revista da Sociedade de Estudos Maranhenses" (1931) e Revista da Academia Maranhense de Letras". Colaborou ainda na "Revista de Geografia e História", onde publicou um documentário sobre os monumentos de São Luis. Polêmico, Corrêa de Araújo era temido pela forte paixão com que se arrojava às discussões, quase não dando tempo para o rival respirar. Excêntrico, homem de manias, no fundo mesmo era um sonhador talentoso e culto. Nunca se abatia em espirito, mesmo nos momentos críticos de sua vida, nem sempre calma. Chegou a ser preso por sua ideologia política, o que para ele foi uma desonra, mas sempre reagia com aquela agressividade bravia que lhe era constante. A estréia de Corrêa de Araújo na poesia foi um dos maiores marcos literário da província. Aos 18 anos, ainda muito novo para o mistério da vida, deu o título a seu primeiro livro de "Harpas de Fogo", "amostra promissora e vibrante do maravilhoso esplendor do seu