Concepção de leitura
Dessa forma, MOITA LOPES nos remete a uma análise sobre três concepções de leitura
(idem).
Na primeira concepção a leitura é entendida como processo de decifração da escrita. Ler é identificar sinais gráficos, o som e o sentido. Nesta concepção, a leitura é a decifração da escrita.
MARTINS (1982, p.9) a define “ como um gesto mecânico de decifrar sinais.”
Na segunda concepção a leitura é entendida como processo de compreensão, adotando aspectos cognitivos pelos quais extraímos o sentido do texto. A leitura deixa de ser um objeto mecânico. Nesta concepção o processo de leitura extrapola o processo de decifrar explorando também a cognição.
Na terceira concepção, a leitura é vista como um processo de interpretação. É um fenômeno social. Ler é interpretar com os próprios olhos, a partir de uma perspectiva e da experiência pessoal.
Estratégias de leitura são técnicas ou métodos que os leitores usam para adquirir a informação, ou ainda procedimentos ou atividades escolhidas para facilitar o processo de compreensão em leitura. São planos flexíveis adaptados às diferentes situações que variam de acordo com o texto a ser lido e a abordagem elaborada previamente pelo leitor para facilitar a sua compreensão (Duffy & cols., 1987; Brown, 1994; Pellegrini, 1996; Kopke, 2001).
Duke e Pearson (2002) identificaram seis tipos de estratégias de leitura que as pesquisas realizadas têm sugerido como auxiliares no processo de compreensão, a saber: predição, pensar em voz alta, estrutura do texto, representação visual do texto, resumo e questionamento. A predição implica em antecipar, prever fatos ou conteúdos do texto utilizando o conhecimento já existente para facilitar a compreensão.
Pensar em voz alta é quando o leitor verbaliza seu pensamento enquanto lê. Tem sido demonstrado melhora na compreensão dos alunos quando eles mesmos se dedicam a esta prática durante a leitura e também quando professores usam rotineiramente esta mesma estratégia