Comunicação estratégica
A vida de uma empresa gira em torno de relacionamentos. Em seu conceito de trocas, Kotler sempre defendeu a tese de que uma empresa existe para satisfazer as necessidades das pessoas. A empresa fabrica um produto ou presta um serviço porque existem pessoas dispostas a consumi-los. Porém, as pessoas só podem consumir aquilo que conhecem. Isto quer dizer que, para efetivar as trocas entre empresa/consumidor, se faz necessário promover uma interação entre as partes envolvidas, um encontro entre oferta e demanda.
Mas, para efetivar trocas é preciso haver relacionamento, pois, sem relacionamento, não há trocas. E, para que haja relacionamento, é preciso, antes, haver comunicação, uma vez que, sem comunicação, não há como se saber sobre a existência de um produto ou serviço, não há como se estabelecer relacionamento.
É aí que entra o papel da comunicação como ferramenta estratégica empresarial, cuja visão míope dos empresários não consegue enxergar. A comunicação se constitui em um meio para que a empresa possa chegar a seus fins, ou seja, atingir seu intento, sua missão, seus objetivos e metas. E como atingir esses fins sem se relacionar estrategicamente com os públicos dos quais depende para sobreviver?
O que vemos hoje é uma grande maioria de empresas, ainda estruturadas sob o paradigma mecanicista, onde suas relações e processos de gestão são sustentados por estruturas rígidas, orientadas como se fossem máquinas (como diria Morgan, 1996), as empresas esquecem que a comunicação é responsável pela geração de relacionamentos entre uma empresa e seus públicos estratégicos.
O grande desafio das organizações (empresas, instituições e ongs) na atualidade é gerar relacionamentos efetivos, eficazes e duradouros. Você encontra uma pessoa em uma festa. Paquera, se aproxima, conversa, abraça e beija. Isto é uma coisa. Nada garante que daí irá “rolar” um namoro, um relacionamento de verdade entre