Comportamento Humano nas Organizações
Disciplina: Comportamento Humano nas Organizações
AULA 13:
Desvio comportamental, um gap relevante no desenvolvimento de competências no ambiente organizacional
Maria Carlota Boabaid de Carvalho
No mundo moderno, percebe-se a crescente banalização da palavra depressão, engatada no vácuo do famoso e difamado estresse, como resultante de qualquer movimento negativo ou ação fracassada que aconteça em nossas vidas, que tanto envolve desde briga de namorados a questões complexas e sérias de saúde.
Presencia-se estampando polêmicas matérias inseridas em revistas populares, aquelas penduradas na boca do caixa de supermercado, jornais e debates efusivos em programas de televisão, que mais brigam por audiência e ganho de mercado, do que propriamente dito, estejam preocupados com os sentimentos de pessoas ou com a saúde pública da comunidade onde atuam.
Leituras equivocadas acabam por confundir as desordens emocionais com ausência de religiosidade, falta de caráter, falta do que fazer, baixo astral, fricote, ataque de histerismo e surtos esporádicos.
Alguns mais preconceituosos chegam a atribuir à frescura de mulher.
Outros pessimistas indagariam "e quem foi que inventou essa bobagem da obrigatoriedade de estar permanentemente de alto astral!".
Há uma linha tênue entre as informações fidedignas oriundas de literatura séria de base científica sobre os temas do comportamento humano e sua psiquê, com o oportunismo repentino do charlatanismo de alguns que, por inconsistência intelectual e mediocridade de atitude, atribuem problema emocional ou até doença mental a posturas negativas diante da vida, como se fosse proposital.
Expressões do tipo holístico, sistêmico, empatia e serenidade da alma já se tornaram cult, para não dizer out, lugar comum nos discursos de vanguarda, pregações mistas que abordam relacionamentos interpessoais no ambiente organizacional, atrelados não raro à religiosidade, aos problemas comportamentais,