Cartilha

2 TEMA
Alfabetização (Livro Didático)

3 TÍTULO
Estratégias dos Livros Didáticos (Cartilhas) para o Ensino da Alfabetização

4 JUSTIFICATIVA

Segundo Fioravanti (1996) a cartilha “Caminho Suave”, lançada em 1950, vendeu mais de 40 milhões de exemplares, sendo considerada por diversos autores como o maior sucesso editorial do Brasil e, consequentemente, símbolo de “excelência” na alfabetização nacional. O que ocorreu então para que as Cartilhas fossem exterminadas do contexto escolar? A cartilha Caminho Suave já foi conveniada ao Instituto Nacional do Livro (MEC), o que garantiu que sua distribuição fosse gratuita aos estudantes de escolas publicas brasileiras até a década de 1990, quando não obteve aprovação da comissão de avaliação do Programa Nacional do Livro Didático do Ministério da Educação e Cultura (PNLD/MEC). Os critérios utilizados para seleção de livros alfabetizadores são outros. O que mudou?
No início dos anos 1980, Emília Ferreiro descobriu e publicou os dados sobre a Psicogênese da Língua Escrita e foi então que pela primeira vez, se lançou um olhar construtivista sobre o conteúdo escolar. No Brasil, o sistema de ensino que era feito para ensinar a ler e escrever, não estava dando conta e foi no construtivismo que se viu a grande possibilidade de salvação. O construtivismo do final da década de 80 e início de 90 desestabilizou a discussão acerca de métodos e de conhecimento “seguro” de muitos alfabetizadores. Antes do construtivismo, os professores acreditavam em concepções que eram materializadas nas cartilhas e no manuais:

Não tinha uma teoria, porque aquele método era tudo: se adotassem o silábico, mantinham-se no silábico, pois não tinham uma teoria linguística ou psicológica que justificasse ser aquele o melhor método ou aquela melhor sequência de aprendizado. A verdade era exclusivamente o que dizia a cartilha. Havia um método, mas não uma teoria (SOARES, 2006).

Em resposta a isso, FERREIRO coloca que para alfabetizar é