Carcinoma epidermoide

O principal fator etiológico envolvido na carcinogênese é a exposição prolongada à radiação ultravioleta, que causa alterações no DNA celular, predispondo à ocorrência de mutações malignas. Outros fatores têm sido relatados, como a presença do papilomavírus e mutações no gene regulador p53. Em cães e gatos, os locais mais freqüentemente acometidos são as áreas despigmentadas da pele e mucosas, como as regiões abdominal e inguinal em cães e, em gatos, plano nasal, pálpebras e pavilhões auriculares, com quadros tumorais ulcerativos ou proliferativos. O diagnóstico pode ser feito por citologia aspirativa ou por biopsia.
O tratamento pode ser feito por crioterapia, radioterapia, hipertermia, terapia fotodinâmica, excisão cirúrgica e quimioterapia, embora as quatro primeiras modalidades só tenham eficácia comprovada em tumores pequenos e superficiais.

Vários fármacos têm sido utilizados no tratamento do CCE, como cisplatina, carboplatina, mitoxantrona, doxorrubicina e 5-fluorouracil. A aplicação intralesional fornece bons resultados, com a vantagem de baixa absorção sistêmica do fármaco, reduzindo seus efeitos colaterais e mantendo a ação citotóxica nas células tumorais.

O CCE é um tipo comum de tumor envolvendo a pele, e corresponde a 15% de todas as neoplasias cutâneas em gatos, e a 5% de todas as neoplasias cutâneas em cães.
Os sítios de maior eleição para esta neoplasia são as pálpebras, plano nasal e pavilhão auricular de gatos brancos, além de região inguinal e abdominal de cães despigmentados.
Esse tipo de neoplasia ocorre com maior freqüência na pele lesada pelo sol, e pode ser precedido por ceratose actínica, que é a lesão que ocorre pela exposição solar
Em uma pesquisa com 90 gatos apresentando CCE de plano nasal, 66 deles
(73%) tinham áreas despigmentadas na pele ou coloração clara da pelagem
(WHITE, 1994). Os gatos siameses são os menos acometidos por CCE de origem cutânea. Normalmente as lesões são múltiplas em cerca de