cabanagem

O texto Cabanos, patriotismo e identidade: outras histórias de uma revolução do livro O Brasil Imperial volume II capítulo IV da autora Magda Ricci tem como principal objetivo desconstruir a idéia de que a Cabanagem foi um movimento anárquico do período Regencial, relata também suas principais motivações traçando a trajetória dos principais autores para esta revolta como Bernardo Lobo de Souza, Félix Antônio Clemente Malcher, Manuel, Antônio e Francisco Vinagre, Eduardo Angelim Nogueira assim como negros como Manoel Joaquim, e parte da população das camadas baixas ressaltando o papel das lideranças cabanas e a formação de identidades locais dentro do movimento de 1835 evidenciando os resultados desta contenda. Aborda sobre antigos olhares da historiografia da cabanagem como, por exemplo, do estudioso Domingos Antonio Raiol, pois para ele o movimento nasceu em 1822 com um movimento de sedição contra o império e o levante para essa revolta viria de uma série continuada de motins políticos. Magda não deixa de mencionar também o desenvolvimento da região norte do país e dos produtos que eram remetidos á metrópole e suas diversidades e quantidades de gêneros que eram exportados a Europa onde tornava o comércio do Grão Pará importante. A cabanagem foi um movimento que se desenvolveu e eclodiu no Grão Pará marcado por grande participação popular entre 1835 e 1840. Como parte de conflitos da segunda onda de revoltas regenciais sobre estes aspectos Marcello Basile do Livro Brasil Imperial volume II cap. II (p.70) “segui-se á aprovação do ato condicional cuja as medidas descentralizadoras contribuíam para o fortalecimento dos poderes provinciais os quais, muitas vezes não estavam bem afinados com a política do governo central”.
A partir dessa observação fica claro um grande motivador para as revoltas de norte a sul, sendo que no Pará acontecia à revolta mais popular do império, a cabanagem que trazia as camadas de baixa condição social motivadas a ocupar o governo