Bullying

Bullying.
Nesta entrevista conversamos com o doutor Nelson Pedro da Silva, doutor em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo, para tentar descobrir quais as atitudes são consideradas bullying, como tais pessoas realizam o bullying. Descobriremos também se os pais têm influência sobre uma criança quando se trata de bullying, e o quanto o bullying pode interferir na vida de uma pessoa.
AP - Na vida de uma criança os pais estão sempre ali presentes, e sem saber podem ser os primeiros principais influenciadores da pratica do bullying. Eles evidentemente vão assistir e orientar os filhos. Eu não sei se o futebol provoca essa desvirtuação das pessoas, mas não é raro encontrar um pai exagerado cobrando uma performance impecável do próprio filho, sendo que tal atitude muitas vezes não tem limites. Como por exemplo esperar que o filho enfrente violentamente o coleguinha do outro time que possui a bola do jogo. Eu só utilizei esse exemplo porque quando se fala de bullying nas escolas - visto que o adolescente ou a criança ainda possuem um grau de inconsequência, sendo que o processo de amadurecimento ainda vá ocorrer - como medimos a parcela de culpa por parte da escola e por parte dos pais?
NPS - Adalberto, eu diria o seguinte: os pais têm uma responsabilidade muito grande em relação ao fenômeno do bullying, assim como a escola. Diria também que temos que considerar que toda a sociedade, incluindo a comunidade, doutrinas religiosas e meios de comunicação em massa, têm contribuido imensamente para esse quadro epidemico atual. Em praticamente todas as escolas, podemos observar exatamente esse maldito fenômeno chamado bullying.
AP - E por que o bullying ainda ocorre e talvez até em maior profusão atualmente? Será que o acesso ilimitado da internet para crianças e jovens pode influenciar esse tipo de abuso? Assistir formas práticas dessa crueldade, como, por exemplo, achar engraçado ver outra criança se machucar e simplesmente rir da