Bobbio

O autor inicia o trabalho tratando das relações entre empresas privadas e estatais atuantes no setor elétrico que desde seu inicio foi marcado por controvérsias, o aproveitamento hidrelétrico em especial, foi citado por apresentar diversas usinas de vários portes e em vários estados, que foram controladas por duas empresas estatais até a década de 60/70, pois a década de 50 foi marcada pelo processo de inserção do Estado no setor elétrico, que absorveu grande parte das empresas privadas.
Foi ressaltado o fato de que as empresas estatais, especialmente àquelas que o regime de concessão não se restringe apenas à atividade de distribuição, tinham a qualidade de concessionárias de serviço público de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, guardando à responsabilidade de edificar e explorar o potencial hidráulico da usina após a apresentação dos planos de eletrificação, e foram criadas após a institucionalização de uma taxa de eletrificação, resultando em vultosas arrecadações monetárias e ampliando a burocratização do setor, o que evidenciou a importância do papel das empresas estatais no planejamento dos aproveitamentos energéticos pra fins elétricos. Ao mesmo tempo, as empresas privadas se mantiveram através das concessões de usinas de pequeno porte, e da atividade de distribuição de energia elétrica ao consumidor final, e ainda em caráter de auto-produção.
Também foi salientada a importância técnica da interligação dos sistemas, que até a data ainda era dividido em dois grandes sistemas complementados pelos sistemas isolados da região norte, que possibilitaria a transferência de grandes blocos de energia da região amazônica para o centro-sul do país. A interligação aumenta a confiabilidade do sistema e diminui os riscos de falta de energia elétrica que são maiores nos sistemas isolados, no entanto, o torna mais vulnerável nos casos em que ocorrer um problema em uma determinada torre de transmissão ou numa determinada subestação que pode atingir