Evolição estelar

9962 palavras 40 páginas
arte I - O NASCIMENTO DAS ESTRELAS Apresentação:

Uma estrela, desde que se condensa a partir de uma nuvem de gás, está sob a ação de sua autogravitação. A gravidade comprime o gás para o centro da estrela, obrigando-a a produzir energia que gera a pressão suficiente para conter o colapso. O núcleo da estrela, gigantesco reator de fusão nuclear, processa a matéria do meio interestelar sintetizando, a partir dela, elementos químicos mais pesados. A gravidade atua inexoravelmente, comprimindo a estrela até levá-la a esgotar sua fonte de energia. As estrelas de pequena massa caminham para a morte resfriando-se lentamente, enquanto que as de grande massa explodem de forma violenta (brilhando 100 bilhões de vezes mais que o Sol), espalhando pelo meio interestelar os elementos químicos que foram processados no núcleo. A matéria interestelar assim "enriquecida" de elementos pesados será continuamente reprocessada em novos ciclos de formação, vida e morte de estrelas. A maior proporção de elementos químicos pesados nas estrelas jovens em relação às estrelas velhas, é evidência de que muitos ciclos de reprocessamento ocorreram na nossa Galáxia desde sua formação. A matéria - base da constituição dos organismos vivos (C, O, Fe, etc.) teria se originado no centro de estrelas e participado de eventos catastróficos envolvendo as maiores liberações de energia conhecidas no Universo. Podemos, pois, dizer que somos um dos produtos da evolução estelar. Esta é, em linhas gerais, a história fascinante que queremos contar em três artigos que aparecerão nesta revista. No primeiro, abordaremos o nascimento, com as condições iniciais necessárias para a formação das estrelas e a cronologia dos processos físicos. Nos próximos números, descreveremos os rumos que a estrela recém formada pode tomar na sua vida (2° artigo) e os processos que ocorrem nos estágios avançados da evolução até sua morte (3° artigo). Com isso, pretendemos colocar os leitores da revista a par

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