ASSEDIO MORAL A VIOLENCIA PERVERSA NO COTIDIANO
Por Francisco Mendes 14/7/2006
Este trabalho foi escrito a partir do livro "Assédio Moral, a violência perversa do cotidiano", de Marie- France Hirigoyen
(trad. Maria Helena Kuhner - 5ª ed. RJ - Ed Bertrand Brasil,
2002)
O assédio moral vem a ser caracterizado como um comportamento que utilizando técnicas de desestabilização, conduzem o indivíduo a um estado de desconforto psíquico que pode evoluir para a irritação, estresse e até mesmo suicídio. Isto pode ocorrer na família, na vida social e dentro de empresas e os moralmente perversos utilizam as mais variadas técnicas: os subentendidos, alusões malévolas, a mentira, humilhações. Por meio de palavras aparentemente inofensivas, alusões, sugestões ou não-ditos, é efetivamente possível desequilibrar uma pessoa ou até destruí-la. A vitimologia - uma pessoa que tenha sofrido uma agressão psíquica como a do assédio moral é realmente uma vítima, pois seu psiquismo é alterado de maneira mais ou menos duradoura
- é disciplina ainda recente nos EUA e estuda aos razões que levam o indivíduo a tornar-se vítima, das conseqüências que isso traz para ele e dos direitos que pode reivindicar e, na França, esta é uma especialidade reconhecida desde 1994 e destina-se a psiquiatras, psicoterapeutas, juristas, etc. Embora o assédio no trabalho seja uma coisa tão antiga quanto o próprio trabalho, somente no começo dos anos 90 foi realmente identificado como fenômeno destruidor do ambiente, diminuindo a produtividade e favorecendo o absenteísmo, devido aos desgastes psicológicos que provoca e atualmente , em inúmeros países, os sindicatos, os médicos do trabalho e as organizações de planos de saúde começam, a interessar-se pelo fenômeno.
ASSÉDIO NO TRABALHO
É toda e qualquer conduta abusiva manifestando-se sobretudo por comportamentos, palavras, atos, gestos, escritos que possam trazer dano à personalidade, à dignidade ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa, pôr em risco o