As mudanças na economia russa - da queda do muro berlim aos dias atuais
Da Queda do Muro de Berlim até 2011.
Belo Horizonte, 13 de Outubro de 2011
Com uma superfície de 17 milhões de Km², a Federação da Rússia é o maior país do mundo em extensão. Ocupa quase a metade da Europa e cerca de um terço da Ásia. Em termos econômicos a Rússia e a parte mais potente e diversificada da ex-União Soviética. Atualmente ela tem cerca de 62% do potencial produtivo da URSS em 1990.
Sua estrutura econômica conta com grande prevalência da indústria, em especial a metalurgia, a química, a engenharia mecânica e a energia. A indústria florestal também se apresenta bem desenvolvida com o maio estoque madereiro do mundo. Além dos maiores estoques conhecidos de gás natural, onde é o maior produtor mundial de gás; alta produção e da exportação de petróleo; e grandes depósitos de carvão, minério de ferro, bauxita, níquel, estanho, ouro, diamantes, platina, chumbo e zinco.
A economia russa é uma das mais peculiares do mundo, por motivos históricos que são amplamente conhecidos. A reestruturação de uma política econômica voltada para o socialismo que se viu dizimada com o final da Guerra Fria culminada com a queda do Muro de Berlim.
A abertura econômica iniciada pelo ex-secretário geral do Partido Comunista Mikhail Gorbachev após o colapso da União Soviética, conhecida como Perestroika, foi o primeiro passo para conduzir um país de dimensões continentais em direção ao capitalismo como forma de uma reestruturação do socialismo vigente. Juntamente com a Glasnost, entendida como a transparência do governo, o líder definiu uma relação com a sociedade para reestruturá-la.
Em 1991, cerca de dois anos após a queda do muro, o parlamento votou na dissolução da URSS. A então Federação da Rússia, liderada por Boris Ieltsin, o primeiro líder eleito por voto popular, orientou-se rapidamente no sentido de quebrar as estruturas político-institucionais que haviam mantido a URSS, em especial o Partido Comunista da União Soviética.