Artigo saúde coletiva

RESULTADOS E DISCUSSÕES

A história das políticas de saúde no Brasil foi marcada pelo interesse que se tinha de atender as necessidades de pequenos grupos, não tendo por base principalmente os anseios da grande população que, como todo ser humano, apresenta necessidades básicas que se conformavam de acordo com as influências do momento histórico vivenciado.
Para se ter idéia de como se deu esse processo, é necessário reportar-se ao início do século passado, quando o Brasil apresentava-se com uma economia totalmente voltada para a agroexportação. Porém, com a disseminação e o surgimento de uma grande quantidade de doenças infecto-contagiosas, esta sentiu-se ameaçada. Como bem afirma MENDES, “o que se exigia do sistema de saúde era, sobretudo, uma política de saneamento dos espaços de circulação de mercadorias exportáveis e a erradicação ou controle das doenças que poderiam prejudicar a população”.
Esta necessidade impulsionou o Estado a intervir neste problema, estimulando um novo pensar, agora direcionado à saúde pública. Naquele momento, a saúde foi objeto de intenso movimento intelectual e político, sendo vista como o “problema vital brasileiro”.
Foi a partir daí que surge na Primeira República (início do século XX), o Sanitarismo Campanhista, uma política que caracterizou-se principalmente pelo estilo repressivo de intervenções, visando somente combater as doenças através do saneamento dos portos. Em nada essa política se baseou nas necessidades da coletividade, sendo que a esta foi forçosamente imposta a população, um exemplo disso foi a Revolta da Vacina.
A partir de 1929, devido a crise do capitalismo, o setor exportador vai paulatinamente perdendo espaço e a economia brasileira se volta para o mercado interno, dando início ao processo de Industrialização no Brasil, especialmente a partir do Governo Juscelino. Isso determinou o deslocamento da economia para os centros urbanos e gerou uma massa operária que deveria ser atendida, com outros objetivos,