Artigo Aborto de Fetos Anencéfalos

Universidade de Caxias do Sul Comércio Internacional – Instituições de Direito I - 48-49 Aluno: Cristian Castilhos

Fetos Anencéfalos
Já que existe comprovação científica e depoimentos a respeito desses casos, onde especialistas, dentre eles, o médico docente em genética na Universidade de São Paulo (USP) e especialista em medicina fetal, Thomaz Rafael Gollop, a sobrevida sem a estrutura cerebral é, na maioria dos casos, de poucas horas. "A anencefalia é um defeito congênito, que atinge o embrião por volta da quarta semana de desenvolvimento, ou seja, numa fase muito precoce. Em função dessa anomalia, ocorre um erro no fechamento do tubo neural, sem o desenvolvimento do cérebro", diz. Para Gollop, a chance de sobrevida por um período prolongado é "absolutamente inviável". Acredito que se a mãe que está com esse tipo de gestação quiser seguir a diante, e o feto não desenvolver qualquer tipo de risco na saúde da mãe, o seu desejo deve ser prosseguido. Existiu casos, inclusive aqui no RS onde o feto viveu 1 ano e 8 meses, nesse caso ouve certamente um laço muito forte por parte dos pais com seu filho, porém sabiam que ele não desenvolveria e nem compreenderia o fato de sua existência, afinal é uma anomalia que ocorre quando o embrião não desenvolve o cérebro e o cerebelo. A respiração, deglutição e funcionamentos de outros sistemas corpóreos se dá através do tronco cerebral, região que não é atingida pela anomalia. Entretanto eu sou a favor sim da legalização do aborto para esses casos. Existem alguns tratamentos interessantes que a futura gestante pode fazer para reduzir esse risco em até 50% ingerindo uma quantidade extra de vitamina B (ácido fólico) já que essa é uma condição multifatorial, influenciada não só por fatores genéticos, mas também ambientais, sazonais e geográficos, porém esse tratamento deve ser feito dois meses antes e no primeiro mês da gestação.

Ref. Bibliográficas: