Arte e a ludicidade na educação

Universidade do Estado da Bahia – UNEB
Departamento de Ciências humanas – Campus IV
Programa Rede Uneb 2000
Pedagogia
Fundamentos Teóricos da Prática Pedagógica IV
Profª. Ilma Mª Fernandes Soares
Aluna: Maria do Socorro Nunes Araújo

A Arte e a Ludicidade na Educação: Considerações Introdutórias

A Arte pode conferir identidade às pessoas através de símbolos... BARBOSA (1998)

Com o objetivo de contribuir para o debate sobre a importância da arte no espaço escolar e na formação das subjetividades da criança, este texto traz a discussão sobre a arte e a ludicidade e suas relações com os conceitos de educação, bem como com os princípios epistemológicos que alicerçam as experiências desses sujeitos com a escola.

Diante dessa realidade, faz-se interessante relembrar um conto de Hellen Barckley que fala da história de uma criança que vai para a escola e em suas atividades a professora pede um desenho, mas dá o modelo do desenho para ser copiado, depois faz um trabalho com argila e do mesmo jeito dá o modelo, e assim fazia com todas as atividades. A criança ali ansiando pra expressar–se naquele contexto, expressar seus gostos, suas culturas, sua criatividade, suas experiências, deixar “falar” sua singularidade. No entanto prevalecem os processos de homogeneização. O ambiente escolar tem separado também a razão da emoção, torna-se perigoso deixar a emoção falar, o mundo é racional, a ciência é racional, nega-se, ou melhor, na escola a arte não é vista como possibilidades de apropriação de conhecimentos e de formação.

Nesse sentido, Freire (1997), acentua a necessidade de que evitemos alguns medos que o cientificismo nos inoculou:

O medo, por exemplo, de nossos sentimentos, de nossas emoções, de nossos desejos, o medo de que ponham a perder a nossa cientificidade. O que eu sei, sei com o meu corpo inteiro: com minha mente critica, mas também com os meus sentimentos, com minhas