Aprendizagem organizacional e inovação empresarial
O conceito de organização que aprende teve origem em organizações como a Shell, que consideram a aprendizagem como a única e verdadeira vantagem competitiva. Na Shell a gestão por intuição foi substituída pela gestão por cenários, originando a criação de uma estrutura de aprendizagem que permitiu uma contínua e melhor adaptação da empresa ao meio ambiente. Na actualidade, muitas empresas ainda não têm ainda um sistema estruturado de aprendizagem, desenvolvendo os seus planos e decisões estratégicas fundamentados em informação e opiniões (DeGeus, 1997). Num ambiente de negócio mais global, competitivo e imprevisível, a capacidade para obter informação é importante mas não é suficiente. É, sim, fundamental, saber interpretar a informação (ou por outras palavras, obter conhecimento) e aplicar o novo conhecimento no negócio, desenvolvendo novos produtos, processos ou procedimentos. Este é, na prática, o conceito de aprendizagem organizacional. Das diversas definições de organização que aprende e aprendizagem organizacional, podem identificar-se quatro referências comuns e importantes:
• Organizações que se adaptam, continuamente, ao ambiente competitivo;
• Organizações que estão sempre aptas e disponíveis para a mudança;
• Organizações que promovem a aprendizagem colectiva e individual;
• Organizações que aplicam o que aprendem e, desta forma, obtêm melhores resultados no seu negócio.
Para as organizações não é suficiente procurar sobreviver, mas sim, ter a capacidade para obter um êxito contínuo nos mercados e ambientes competitivos em que actuam. Senge (1990) considera que a aprendizagem que permite à organização adaptar-se é importante e necessária, mas não suficiente. Numa organização com capacidade de aprendizagem, a aprendizagem adaptativa, deve ser complementada com uma aprendizagem generativa, que desenvolve a capacidade de criar e inovar.
O principal objectivo de uma organização com capacidade de