Análise etnográfica partida de futebol

Análise etnográfica partida de futebol
Cenário:
No dia 21 de Agosto comprei pela internet o ingresso para assistir à partida São Paulo e Fluminense no Estádio do Morumbi no dia 25 de Agosto.
Minha imersão nesse mundo desconhecido já começou no taxi a caminho do estádio quando o taxista flamenguista me perguntou:
- “você é pé quente ou pé frio? “
Respondi:
- “Essa é a primeira vez que vou a um estádio”.
As ruas aos arredores do estádio estavam fechadas pelo CET e com presença dos policiais militares incluindo a cavalaria. Nessa caminhada nos arredores do estádio fui abordada por um cambista que queria comprar o meu ingresso para revender.
Cheguei às 16:05 e ainda havia uma grande aglomeração de pessoas também entrando. Notei muito lixo jogado próximo aos alambrados que faziam a organização da entrada dos portões. Pilhas de latas de cerveja e garrafas de água abandonadas próximo à entrada.
Como comprei o ingresso online, minha primeira estreia no empurra-empurra foi nas catracas para validação do cartão de crédito referente à compra do ingresso comprado pela internet. Comecei a ouvir as primeiras reclamações dos torcedores sobre a lentidão da fila e que estavam perdendo os primeiros minutos do jogo.
Após passar por essa catraca, estava pela primeira vez dentro do estádio do Morumbi para assistir uma partida de futebol. Muitos torcedores passavam por mim correndo para encontrar um lugar. Levei um tempo para entender a localização do meu ingresso e mais uma vez me deparei com outra multidão: agora para escalar em fila indiana rumo à arquibancada por uma passagem improvisada entre a parede e o ultimo assento. As pessoas que aguardavam no final dessa fila desorganizada reclamavam e gritavam pela demora das pessoas que subiam por esse acesso, já que da posição que estavam não era possível ver o campo.
Finalmente chegou minha vez de escalar a arquibancada rumo a um lugar. Encontrei nas últimas cadeiras do anel superior um lugar e me sentei. No começo fiquei