Analise Vatel 2
Vatel, um banquete para o rei (1999)
O filme nos leva de volta ao século XVIII no ano de 1671 para contar a história de François Vatel, mordomo do príncipe de Condé. Pouco antes do inicio da Guerra da Holanda, em 1672, o Príncipe de
Condé se vê completamente endividado e em desgraça com o atual Rei da França Luís XIV. Buscando uma forma de se redimir e sanar as dividas de sua província, ele oferece para o Rei um fim de semana de comemorações e festividades, caso Luís XIV caia em sua graça, o Príncipe de Condé assumiria então o comando do exercito Francês, restaurando assim seu prestígio. O Príncipe coloca todas as festividades a cargo de François Vatel, este que se mostra ao longo da trama uma pessoa organizada e extremamente criativa. Logo no inicio do filme, vemos Vatel mostrando pequenos engenhos em miniatura do que viriam a ser grandiosas apresentações para o Rei, desde palcos, a mesas de jantar e árvores falsas que se moveriam através do uso de cordas. Isso nos lembra muito a forma de trabalho dos primeiros designers durante a revolução industrial, criar um projeto e desenhálo, para que fosse executado em maior escala ou quantidade por outros. Existem situações também em que Vatel utiliza do improviso para encontrar soluções rápidas para problemas que aparecem, como o uso da casca de frutas, para a confecção de lamparinas. Vatel se mantem dedicado a sua tarefa, entregandose de corpo e alma para que tudo saia completamente perfeito para seu senhor, e graças a grandiosidade das produções feitas por Vatel, o Rei passa a sentir um interesse por ele. Durante um jogo de cartas, o Príncipe aposta seu mordomo, que era uma das únicas coisas de valor que lhe restava, e o perde para o Rei. Quando descobre isso, Vatel percebe que aos olhos de seus superiores, não importa o quanto se esforce ou seja bom em algo, ele sempre seria tratado como um objeto, sem controle de sua própria vida, e escravo de seu próprio
talento.