America hispanica

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS
HISTÓRIA DA AMÉRICA II
PROFESSORA: GLÓRIA

TRABALHO SOBRE A AMÉRICA HISPÂNICA

A ESPADA, A CRUZ E A FOME IAM DIZIMANDO A FAMÍLIA SELVAGEM
(Pablo Neruda, poeta chileno)

ANDRÉIA BELÉM FERREIRA

"COM BASE EM TEXTOS SOBRE A VIDA MATERIAL (ECONOMIA) E ASPECTOS DE ORDEM IMATERIAL ( RELIGIÃO, CULTURA), TRACE UM PERFIL DO MUNDO COLONIAL ESPANHOL, ATENTANDO PARA AS DIMENSÕES ETICAS- RACIAIS E DE CLASSES."

Após garantir o domínio sobre as terras e populações americanas, os espanhóis executaram uma série de práticas que redesenharam a feição das relações sociais do espaço americano colonizado. Mais do que simplesmente viabilizar uma forma de atingir seus interesses, a presença do homem europeu trilhou a constituição de uma nova sociedade.

Para compreendermos como a sociedade colonial espanhola funcionava, devemos levar em consideração os critérios que definiam cada uma dessas classes. Neste ponto, indicamos que o nascimento era um meio de distinção fundamental. O fato de ser nascido e criado na Europa ou no Novo Mundo abria caminho para uma série de privilégios, bem como estabelecia outro campo de restrições que ordenava a posição dos homens naquele lugar.
Os chapetones ocupavam o lugar mais privilegiado na pirâmide social, compreendiam aos que eram nascidos na Europa e obtinham os melhores cargos administrativos, representando a própria coroa na colônia. Abaixo deles vinham os criollos, que eram os filhos destes já nascidos na colônia, apesar de viverem com mordomias, não participavam da administração como os chapetones, geralmente ocupavam cargos políticos locais. Os mestiços eram os filhos dos europeus com as silvícolas, e viviam estes à margem da sociedade, sem qualquer participação político-administrativa. Os escravos africanos representavam um numero pequeno, principalmente em relação ao que se via na America Portuguesa, só eram utilizados em lugares onde havia dizimação de índios. E,