Aborto

Uma vida fora da mamãe!
Depois de assistir ao filme "Juno", que conta a história de uma gravidez indesejada durante a adolescência, parei um pouco para pensar sobre o aborto. No mundo são abortadas cerca de 126.000 crianças por dia, incluindo nessa estatística apenas países que legalizaram essa prática, já a jovem de "Juno" optou por uma adoção.

Será que é mesmo justo matar uma criança e, ao mesmo tempo, tornar cada vez mais distante o sonho de adoção de um casal?

Aborto, no Brasil, é considerado crime, mas ainda assim existem lugares que proporcionam a "mãe" métodos abortivos, - digo mãe entre aspas porque uma pessoa que tem coragem de acabar com a vida de um ser totalmente indefeso não tem verdadeiro espírito materno - e isso necessita de fiscalização.

A pessoa ao ter uma relação sexual sem os cuidados anticoncepcionais sabe o risco que corre e, hoje em dia, as maneiras de se cuidar são tantas que se relacionar sem proteção é, no mínimo, ignorância. É claro que ai aparecem situações diversas, em caso de estupro, por exemplo? Em que a mãe foi forçada? É justo criar uma criança que seja fruto de um trauma? A resposta da maioria das pessoas que são contra o aborto é que: "um crime não paga o outro", e é esta a minha também. A vida ali dentro, por mais que carregue vinte e três cromossomos do criminoso, não tem culpa nenhuma, e não pode sofrer pelas ações do pai. Se a mãe se acha incapaz de amá-lo e criá-lo, procure um casal que posso adotá-lo e fazer isso por ela. Tirar da criança a oportunidade de viver é que não pode.

Em uma reportagem para veja, André Petri sugere o aborto como uma medida igualitária dando a mulheres pobres a oportunidade que as ricastem de abortar pagando caro. Mas a igualdade começa no direito à vida, todas as crianças, sejam elas de famílias ricas ou pobres, fruto de um estupro ou não, com alguma deficiência ou não, tem um direito básico, o direito de viver do lado de fora de um útero, seja sob cuidados da mãe biológica ou de