Diálogos de Quaderna

DIÁLOGOS DE QUADERNA, O SUBVERSIVO Resumo: Este artigo tem como foco o estudo do Romance d'A Pedra do Reino e o príncipe do sangue do vai-e-volta, de Ariano Suassuna (2007), à luz da “teoria do romance” de Mikhail Bakhtin. O estudo do discurso do personagem-narrador Quaderna será orientado pelos conceitos de dialogismo e polifonia, desenvolvidos por Bakhtin. Ao contrapormos a voz do narrador às outras vozes presentes no romance, demonstraremos o movimento dialógico interno na composição do romance; ao mesmo tempo consideraremos o romance de Suassuna face à apresentação do homem do sertão, numa perspectiva dialógica externa, em que aparecem outras vozes literárias, com ênfase para José de Alencar (1951), com o romance O Sertanejo. Palavras-chave: Dialogismo. Polifonia. Discurso. Pedra do Reino. Résumé: Cet article a pour but l`étude du Romance d’A Pedra do Reino e o príncipe do sangue do vai e volta (2007), d’Ariano Suassuna, sous l’orientation de la ”théorie du Roman” de Mikhail Bakhtine. L’étude du discours du narrateur-personnage Quaderna será guidée par la notion de polyphonie et de dialogisme devélopées par Bakhtine. Nous allons analyser l’opposition entre la voix du narrateur et d’autres voix présentes dans le roman. Nous allons démontrer aussi le mouvement dialogique interne qui existe dans la composition du roman et en même temps examiner la présentation de l’homme de l’intérieur dans le point de vue de l’extérieur dialogique. Nous remarquons aussi…

Cobra-Preta) e Servílio de Holanda (Silvestre) cantam à capela estrofes de seus textos e emocionam todos. ("Olhei os olhos dos atores - e gostei do que vi", disse Ariano, meses depois do encontro.) 08 de novembro 06 Filmagem na Serra do Pico. Em quadro, Quaderna, Samuel (Frank Menezes) e Clemente (Jackyson Costa) estão montados a cavalo para mais uma sessão da Academia dos Emparedados do Sertão da Paraíba. A cena é a da Filosofia do Penetral, em que um verborrágico Clemente explica a…

FILOSOFIA DO PENETRAL Ariano Suassuna Há muito tempo que eu desejava me instruir sobre aquela profunda Filosofia clementina, para me ajudar em meus logogrifos. Por isso, avancei: - Clemente, esse nome de "penetral" é uma beleza! É bonito, difícil, esquisito, e, só por ele, a gente vê logo como sua Filosofia é profunda e importante! O que é que quer dizer "penetral", hein? Clemente, às vezes, deixava escapar "vulgaridades e plebeísmos" quando falava, segundo sublinhava Samuel.…

pai do autor e a mais doze “cavaleiros”. Mayara: Um "romance-memorial-poema-folhetim", como definiu o poeta Carlos Drummond de Andrade, narrado pelo seu protagonista, Dom Pedro Dinis Ferreira Quaderna. Segundo observação do crítico literário João Hernesto Weber, na obra podem ser encontradas "duas distintas tradições a informarem a concepção de mundo do herói: a tradição mítico-sertaneja e a tradição erudita". Castor: A obra fala sobre O personagem-narrador, Quaderna, é preso em…

/ TV, pode-se perceber algumas características relevantes: no cinema, a narração em primeira pessoa é representada a partir de “encenações” na tela. Por mais que a história seja “narrada” por Quaderna nas telas, é no livro que se verifica a presença de fato de um narrador, fato que na tradução para o cinema atenta mais para a existência de Quaderna “mais” como um personagem “ainda” atuante no enredo do que como um narrador que relata aquilo que lhe aconteceu. A narrativa “televisiva”…

A história de amor de Romeu e Julieta - Imitação Brasileira de Matteo Bandello ARIANO SUASSUNA Personas dramáticas: Antero Savedra, 1º Coro, Quaderna, 2º Coro O Duque Capuleto O Conde Montéquio Romeu, menino Três carrascos Romeu, adulto Mercúcio Músicos, bailarinos e bailarinas Julieta Teobaldo O Padre A Criada Figurantes Verona - a cidade do Recife Mântua - a cidade de Olinda A ação decorre em Verona e Mântua, ou seja, no Recife e em Olinda. Na versão teatral, deve ser instalado…

no Brasil, tem por objetivo fazer uma análise de algumas criações lexicais encontradas nas duas obras em prosa de Ariano Suassuna: o Romance d'A Pedra do Reino e A História d'O Rei Degolado nas Caatingas do Sertão, mais especificamente, as criações que têm como motivação animais diversos. A leitura da obra de Suassuna revela para os pesquisadores uma presença significativa de animais, muitos deles típicos da região Nordeste do país, como a onça, o jumento, o gavião, entre outros, que dão…

decodificação aberrante constituía a exceção não prevista: não a regra.” (ECO, 2006 p. 368). Para melhor análise da cena escolhida como recorte, elencamos alguns elementos encontrados na cena televisiva. São códigos, que podem ser classificados segundo Eco e seu conceito. Para ele, o código é um sistema de convenções comunicativas que constituem regras de uso e organização de vários significantes, ou seja, o código determina quando e como um significante será usado em uma…

ao longo dos sculos. Em linhas gerais, A Pedra do Reino a apresentao do memorial - obviamente em primeira pessoa - de D. Dinis Ferreira - Quaderna, que, preso em Tapero, faz sua prpria defesa perante o corregedor e, para tanto, conta a histria de sua famlia, das desavenas, das lutas e das controvrsias polticas, literrias e filosficas em que se vira envolvido. Como diz um crtico, na obra de Suassuna podem ser percebidas duas distintas tradies a informarem a concepo de mundo do heri a…

Universidade Federal de Goiás Faculdade de Letras Disciplina: Literatura Brasileira 1 Análise poema João Cabral de Melo Neto. História natural – Quaderna (1956-1959) 1 O amor de passagem o amor acidental se dá entre dois corpos no plano do animal, quando são mais sensíveis à atração pelo sal, tem o dom de mover-se e saltar o curral. O encontro realizado, juntados em casal eis que vão assumindo o cerimonial que agora já é difícil definir-se de qual: se ainda do semovente…