Ética e Cidadania

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Tomando os termos justiça e injustiça, adotemos uma definição como base geral: a justiça é a disposição de caráter que torna as pessoas propensas a fazer e desejar o que é justo, agindo justamente. Logo, injustiça será, analogamente, o inverso. Porém não ocorre o mesmo com as ciências ou faculdades (uma única que se relaciona com objetos contrários). A disposição de caráter (um de dois contrários) não pode levar ao resultado contrário, e é por isso que um estado é reconhecido pelo seu contrario e pelos sujeitos que se manifestam. Por exemplo, se conhecemos o lado bom, a má condição também nos tornará conhecida, assim como os que se manifestam, portanto, se o “justo” for ambíguo, o “injusto” também será.
“Justiça” e “injustiça” parecem ser termos ambíguos, mas quando os seus diferentes significados se aproximam, a ambiguidade passa despercebida, ao passo que nos casos em que os significados se afastam, ela se faz evidente. Seguindo esta linha, o justo é, portanto, aquele que cumpre e respeita a lei, e o injusto é o homem sem lei.
A ganância (característica do injusto que se relaciona a bens) faz os homens aspirarem e buscarem quantidades maiores (de coisas boas), e menores (no caso das coisas más. Como o mal menor, que também é considerado um bem), enquanto deveriam pedir aos deuses que as coisas boas também o fossem para eles, e de fato escolhê-las. Desse modo, um homem sem lei é injusto já que as leis foram elaboradas com respeito às virtudes do homem, prescrevendo certos atos e condenando outros, mas, sobretudo, determinando que pratiquemos certos atos como de coragem, de um homem temperante e calmo, visando à vantagem comum.
Essa forma de justiça é a virtude completa no mais próprio e pleno sentido do termo, a maior das virtudes, porque a pessoa que a possui pode exercê-la não somente em relação a si, como também em relação ao próximo. Como disse Bias, “o exercício do poder revela o homem”, assim, aquele que governa está em relação com outros homens e ao

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