Éteres

A história do éter ou, mais propriamente éter dietílico, começa em 1540 quando é sintetizado pela primeira vez por Valerius Cordus. Contudo, o nome pelo qual é conhecido hoje apenas aparece em 1730 tendo sido dado por August Sigmund Frobenius – “aether”. (1) O éter, devido às suas propriedades, foi usado durante algum tempo, desde a segunda década do século XIX, nos Estados Unidos em reuniões em que era inalado causando relaxamento e bem-estar dos participantes. Essas reuniões eram conhecidas como “Ether frolics” ou “ether parties”.

A nomenclatura oficial para os Éteres segue uma regra fixa estabelecida pela União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC). Observe o funcionamento das normas:

1. Inicie o nome dos éteres pelo prefixo de menor número de carbonos, conforme abaixo:

Prefixos:
1 carbono - MET 6 carbonos - HEX
2 carbonos - ET 7 carbonos - HEPT
3 carbonos - PROP 8 carbonos - OCT
4 carbonos - BUT 9 carbonos - NON
5 carbonos - PENT 10 carbonos - DEC

2. Use o termo intermediário: oxi.

3. Encerre pelo nome do hidrocarboneto com maior número de carbonos.

Exemplos:

H3C ─ CH2 ─ O ─ CH3
Metoxi-etano

Repare que a nomenclatura começou com o prefixo de menor número de carbonos.
À temperatura ambiente, o éter dietílico é líquido incolor, de fraca viscosidade, com um odor penetrante característico, adocicado e picante. É um composto muito volátil, pelo que deixa uma sensação de frio intenso na pele, após evaporação (5), e também é altamente inflamável e explosivo (6). O éter é moderadamente solúvel na água, mas é miscível com a maior parte dos solventes orgânicos (5); no estado líquido, apresenta-se mais leve que a água, enquanto que o seu vapor é mais pesado que o