O tempo na Mesoamérica

Ao senso comum quando se fala nos povos mesoamericanos se confunde a imagem do índio nativo brasileiro e os índios daquela região. Porém diversas diferenças separam esses dois grupos indígenas de modo que quando são comparados fica difícil realmente querer afirmar que esse antigo povo seja chamado de índio ao estilo dos índios brasileiros.
E é justamente esse linearidade que hoje impera nas concepções de tempo que torna difícil compreender essas sociedades de antes da colonização espanhola, o valor real eu eles davam ao tempo está para muito mais do que o simples som do “tic-tac” do relógio. O corre-corre das cidades modernas causa a impressão de que nunca se tem tempo para nada e que a agenda sempre está lotada, talvez isso aconteça por não darmos devido valor a organização temporal que os antigos tanto presavam, porém não é algo que seja uma culpa exclusivamente nossa, os ensinamentos desses povos aos poucos sendo suprimidos pelas ideias judaico-cristã e toda uma sociedade foi remodelada e forçada a entrar nos padrões de vida do hoje.
É interessante notar o valor que esses povos assim como os gregos e romanos antigos dão as questões relacionadas ao tempo e ao espaço fundado em bases religiosas, para eles o controle do tempo era vital para o florescer de suas cidades pois assim só aconteceria se os deuses estivessem satisfeitos com as oferendas a eles entregues nos seus dias comemorativos. Nos povos da mesoamerica vemos também uma constante renovação dos ciclos do calendário o que mostra uma cultura que sempre almeja por mudanças sem mudar suas bases, totalmente diferente dos conceitos lineares dos colonialismo cristão naquelas terra.
Muitos desses povos mesoamericanos transcenderam a simples condição de tribos que viviam em cabanas e andavam sem rumo pela mata em busca de locais para caçar ou praticar seus rituais religiosos, eles desenvolveram civilizações complexas e completas no que se diz respeito a organização de tarefas e das próprias classes.
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