O que é uma coisa

Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Engenharia Ambiental

ATIVIDADE PORTUGUÊS INSTRUMENTAL

André
Otávio
Samuel

Belo Horizonte
2011

A obra “Que é Uma Coisa?” de Martin Heidegger (1987/2002) é um texto filosófico que aborda esta questão nas possíveis formas do conhecimento. Inicialmente Heidegger diferencia a questão “que é uma coisa” no âmbito filosófico do âmbito científico. O primeiro se diferencia do segundo por realizar diferentes níveis de questionamentos.
Para a filosofia de Heidegger surge a necessidade inicial de distinguir “coisa” em 3 domínios. O domínio restrito se refere ao que está ao alcance da mão; o domínio lato diz respeito ao que foi referido, se estendendo a planos, resoluções, convicções; por sua vez o domínio mais lato de todos abrange os outros dois e qualquer outra coisa que seja algo, não nada.
Assim, o autor prepara a questão que será desenvolvida ao longo do texto, definindo o sentido restrito como o foco do questionamento e acreditando que os outros acabam se precipitando neste. Desta forma, aborda a necessidade de observamos o que está em volta do objeto para se avançar.
A partir desta observação o autor percebe que há inúmeras respostas para o que são as coisas, porém a sua busca ultrapassa este domínio. O conceito de “coisalidade” é então definido como “o que torna a coisa, coisa”. Isto diferencia a busca de Heidegger, das respostas científicas que, normalmente, se baseiam na utilidade, ou se é inanimado, animado e etc. Esta nova forma de buscar incita um querer saber mais, que é capaz de procurar o incondicionado. Ou seja, ir além do que já está condicionado pelo saber da ciência.
Definido o que está em questão, que é a coisa no sentido restrito, e aquilo em direção ao que se questiona, que é a coisalidade, abre-se a discussão sobre a experiência científica e a cotidiana. Constatando as grosseiras diferenças entre as duas, não se sabe qual é de mais valia. Para isto, define-se uma idéia de