O Nordeste e a Sudene

O NORDESTE E A SUDENE
Foi possível observar que o nordeste foi a região brasileira que mais sofreu com o impacto da desigualdade socioeconômica. Mesmo com a industrialização crescente, era visível a diferença que se tornava cada vez maior entre a região do nordeste e a centro-sul. A partir dessa situação, surgia a necessidade de o governo interceder por tal região. O nordeste foi palco de ações governamentais e a Sudene, Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste foi uma dessas ações, em um momento bastante oportuno, o momento das grandes secas, causadoras de um grande número de desempregados na zona rural e o exôdo da população. Antes da criação da Sudene, existiam ações governamentais que visavam auxiliar o trabalhador rural durante o grande período das secas, como por exemplo, o DNOCS, ou, Departamento Nacional de Obras Contra as Secas. Entretanto, foram feitas inúmeras denúncias de que os coronéis com muitos latifúndios estavam tomando conta dessas ações e as usando em favorecimento próprio, desamparando assim as necessidades dos trabalhadores. Foram muitos os interessados em criar a Sudene, entre eles, empresários industrias, representantes de forças populares e de esquerda, ligas camponesas e vários membros da igreja. Vários tinham seus motivos para querer a Sudene. O desenvolvimento econômico da região, o combate à pobreza e a tentativa de combater os usurpadores de órgãos governamentais. Entretanto, por outro lado, existiam os que queriam ser beneficiados, direta ou indiretamente e foi isso que levou a Sudene a falhar. Este órgão estava diretamente ligado e sob subordinação do presidente da República e em 1964, a Sudene se tornou parte do Ministério do Interior e sua autonomia foi perdida. A partir daí, na época da Ditadura Militar, os objetivos da Sudene se tornavam cada vez mais distantes e foi considerado um órgão que além de não cumprir o que propunha, era um palco para a corrupção. Em maio de 2001, a Sudene foi fechada por causa de denúncias