O Liberalismo Dentro Da Escola

A Escola : Ambiente Politizado e de Politização Dentro Do Liberalismo E escola e a educação não são apolíticas e ahistóricas, elas situam-se num contexto social em que há um jogo de forças que exige a necessidade de posicionamento do ambiente escolar enquanto instituição que tem sua práxis baseada numa postura situada dentro de um sistema econômico capitalista com suas proposições específicas, tais como: a economia de mercado, lei da oferta e da procura, Estado mínimo, propriedade privada dos meios de produção, lucro e livre iniciativa, em contraposição à Idade Média e ao sistema feudal.
Para tais mudanças sociais, houve efeitos nos modos de vida do ser humano com o surgimento do liberalismo, que atingiu o campo econômico, social e político. Destaca-se a valorização do individualismo, que refletiu nos preceitos de liberdade, vista como o sucesso de cada indivíduo para a garantia do crescimento da sociedade, além de ser um exercício de posse (propriedade), idealizando uma igualdade perante a lei e as oportunidade e a segurança para a proteção da pessoa, dos direitos e das propriedades.
O ideal burguês esbarra na divisão de classes e se configura como um valor formal e não vivido. Preza-se a democracia, mas dentro da natureza abstrata de igualdade, em que as pessoas tem diferentes “talentos” que justificam a desigualdade, é difícil vivê-la. Há liberdade, mas esta é baseada na propriedade e poucos a detém, o que limita as capacidades de mudança. E o liberalismo político inicialmente julga somente o proprietário como cidadão. O Estado se coloca a serviço dos detentores da propriedade e de modo a resguardar seus interesses.
Imersa nessa conjuntura, a educação é reflexo das contradições expressas nos ideais burgueses: um ideal de todos, mas uma prática da classe dona dos meios de produção, acabando por legitimar a ordem econômica e social. Houve no século XIV o surgimento do neocapitalismo, que sob a ameaça do socialismo, propôs a retomada da intervenção do