O Legado da Educação Brasileira

O texto sugere uma retomada da política educacional e das realizações da ditadura militar no Brasil, trabalhando com mais ênfase aspectos que se fazem presentes na educação brasileira até os dias atuais. Pondo em pauta a “vinculação da educação pública aos interesses e necessidades do mercado, que se efetivou na reforma universitária e especialmente no intento de implantação universal e compulsória do ensino profissionalizante; favorecimento à privatização do ensino, que ocorreu principalmente mediante as autorizações e reconhecimentos do Conselho Federal de Educação; estrutura de ensino decorrente da implantação de mecanismos organizacionais que se encontram em plena vigência; um modelo bem sucedido de pós-graduação implantado a partir da estrutura organizacional americana e da experiência universitária europeia”. A década de 1960 foi de muitas modernizações, mudanças econômicas e culturais. No tangente educacional surge para suprir os interesses e necessidades do mercado. A partir dai o Instituto de Estudos Políticos e Sociais (IPES), organizou a reforma da educação, sendo que o Ensino Médio ficaria responsável pela preparação dos profissionais que era mais eficiente ao desenvolvimento econômico e social do país e o ensino superior ficaria incumbido de formar mão de obra profissional. Para tanto, esta conversão quando se refere ao desenvolvimento do ensino, era feito pelos departamentos. Teoricamente esta mudança só poderia ser feita por quem tivesse domínio da matéria. Em termos organizacionais, esta estrutura de ensino não poderia ter ligação com o professor, ou melhor, seu papel na educação era passivo. Na pratica, os departamentos tinham total domínio tantos dos professores quanto do conteúdo, entretanto, além do professor atuar somo um ser não integrado no processo acadêmico, a ideia era nitidamente de manipulação, ensinando apenas aquilo que lhes era conveniente, dificultando assim o processo das atividades universitária.