O imaginário social

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Bronislaw Baczko, Pierre Bourdieu e Sandra Pesavento, alguns dos autores onde buscamos nosso referencial teórico, estão ligados à corrente da historiografia chamada “Nova História Cultural”. Nesse sentido, nossa discussão historiográfica sobre o tema foi pautada em três conceitos básicos: sistema simbólico, representação e imaginário, tornando-se interessante neste momento a apresentação dessas idéias.
Em qualquer grupo social, mesmo apresentando diferenças em sua organização, encontramos uma variada utilização de símbolos que são reconhecidos pelo grupo. Estes sistemas simbólicos são utilizados, por exemplo, na legitimação da ordem estabelecida, identificação do grupo e hierarquização social. A partir dessa idéia podemos reconhecer a importância destas construções no mundo social, pois segundo Pierre Bourdieu:
Os símbolos são instrumentos por excelência da integração social: enquanto instrumentos de conhecimento e de comunicação (cf. a análise durkheiminiana da festa), eles tornam possível o consensus acerca do sentido do mundo social que contribui fundamentalmente para a reprodução da ordem social: a integração lógica é a condição da integração moral. (Bourdieu, 1998, p. 10)
O domínio e o largo emprego de símbolos pelos Estados modernos, como bandeiras, hinos e brasões, demonstra que os governos percebem a importância deste tipo de ferramenta em sua afirmação de identidade nacional ou campanhas de propaganda política.
Bourdieu afirma também que os símbolos só exercem efeito quando o públicor-alvo (povo), ignora a sua imposição por parte do grupo dominante, daí a preocupação dos propagandistas em assimilar personagens que já fazem parte da cultura popular, caso do Tio Sam. A partir do momento em que o símbolo ganha sentido para o grupo, ele funciona como uma representação.
Entende-se por representação algo que ao ser identificado pelo espectador o remete automaticamente a outros objetos ou sentimentos. A representação evoca a ausência ou sugere a presença

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