o ideário dos engenheiros e os planos realizados para as capitais brasileiras ao longo da primeira repúblicas

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O trabalho objetiva contribuir para o debate a respeito da repercussão do ideário urbanístico internacional nas propostas e práticas urbanas ocorridas nas principais cidades-capitais brasileiras ao longo da Primeira República. A partir da caracterização dessa ambiência iniciada em fins do século XIX, através de congressos de urbanismo e disseminação de publicações especializadas, mostra-se a relevância das experiências urbanísticas anglo-saxônica e francesa. No Brasil, a valorização da cultura francesa pelos republicanos e a difusão de seu ideário contribuiriam para que a haussmannização se tornasse panacéia para urbanistas da época. O exemplo das intervenções de Paris facilitava a implantação de um projeto de modernidade urbana em curto prazo, mas de alcance limitado, constituindo-se muito mais na produção de cenários modernizadores do que propriamente de alterações estruturais nas cidades. De dez capitais brasileiras estudadas, São Paulo será a única a não seguir esta tendência, uma vez que o Diretor de Obras da época era um dos que possuía formação conceitual mais consolidada dentre os urbanistas brasileiros, em geral engenheiros.

A ambiência urbanística internacional

Ao longo do século XIX, registrou-se na Europa e Estados Unidos um forte processo de mudança no quadro econômico e social urbano, como conseqüência da Revolução Industrial. Podemos inclusive afirmar que a Revolução Industrial trouxe como conseqüência uma revolução urbana.

Este processo produziu, pela primeira vez na história, um deslocamento do centro de produção da economia, que do âmbito rural/ agrícola/ feudal transferiu-se para a ambiência urbana.

Tal fato trouxe como conseqüência um explosivo crescimento das cidades, em especial daquelas situadas nos países condutores deste processo de industrialização: Alemanha, Grã-Bretanha, França e Estados Unidos. A população total destes países, que em 1800 era de 64 milhões, passa ao final do século para 207 milhões. Em termos urbanos, surgem

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