o holocausto brasileiro
O Colônia acabou virando um depósito de gente onde 70% dos internos não tinham problemas mentais. Eles eram alcoolistas, epiléticos, meninas grávidas estrupadas por seus patrões, prostitutas, gente que se rebelava, gente que se tornava incômoda para alguém com mais poder, homossexual, tímidos, filhas solteiras de fazendeiros que não eram mais virgens, gente que não tinha documento ou seja quem eram considerados a escória da população, triste isso porque não tinha critério médico nenhum. O Colônia foi fundado em 1903, mas o período da barbárie ocorreu entre 1930 e 1980 onde se praticava as torturas e os maus-tratos como a lobotomia (procedimento horroroso em que se furava o cérebro através do olho) e os choques elétricos. Teve época em que morria 16 pessoas por dia por causa de fome, de frio, de doença e de maus-tratos. Mais de 1.800 corpos foram vendidos para faculdades de medicina em todo Brasil, ou seja, eram tratados como mercadorias e viravam lucro até depois de mortos, sem nenhum respeito.
Pelas fotos e vídeos tirados naquela época que denunciaram esse crime e pelos relatos dos sobreviventes, os pacientes se igualavam aos prisioneiros dos campos de concentrações nazistas, já que quando chegavam eram por um trem abarrotado chamado “Trem dos doidos” e lá era retirado tudo que traziam para colocarem um uniforme fino para o frio de Minas Gerais. Os homens raspavam a cabeça e não eram mais chamados pelo nome. Quem chegava lá, era deixado a própria sorte