Holocausto Brasileiro

Quando falamos em holocausto rapidamente somos remetidos ao genocídio cometido por Hitler na Alemanha ou ainda ao Apartheid ocorrido na África do sul. Acreditamos que vivemos em um país livre, onde o direito de ir e vir são respeitado, se fossemos fazer uma pesquisas e perguntássemos se os entrevistados se seriam capazes de adivinhar em que lugar do mundo esse episódio lamentável ocorreu dificilmente eles responderiam no Brasil.
A jornalista Daniela Arbex, autora do livro Holocausto Brasileiro, relatou como a questão manicomial acabou produzindo um verdadeiro campo de concentração em Minas Gerais entre 1903 e 1980. A obra relata a morte de 60 mil pessoas no manicômio conhecido como Colônia, na cidade de Barbacena.
Essa é a historia de milhares de brasileiros que sem motivo algum foram condenados à morte, destituídos de toda e qualquer forma de humanização erram tratados como lixo a verdadeira escória da humanidade os motivos banais que levaram a internação dessas pessoas e consequentemente a sua morte erram os mais variados e absurdos possíveis tais como: Homens e mulheres eram colocados à força nos vagões do chamado “trem de doido” para serem internados. Alguns porque eram tímidos, homossexuais e prostitutas, outros, meninas, porque tinha sido violentada por seu patrão ou perdido a virgindade antes do casamento, porque acreditavam ter o mesmo direito de seus irmãos na partilha do dinheiro ou porque eram crianças arteiras esses eram os motivos pelos quais as pessoas eram internadas no Colônia e não um diagnostico de doença mental como o esperado de uma instituição de saúde, a medicação erra ministrada indiscriminadamente havia dois tipos comprimidos azuis e vermelhos além dos eletrochoques. Assim essas pessoas passavam por todo o tipo de humilhação possível eram violentados, dormiam sobre capim, muitas vezes se alimentavam de ratos e pombas e bebiam água do esgoto. A maioria morria de fome, de frio ou de eletrochoques, comuns no hospício. No período de