O Flautista de Hamelin

2517 palavras 11 páginas
O Flautista de HamelinNunca ouviram, certamente, falar de Hamelin. Não admira. Este nome, de facto, só é conhecido por aqueles que já sabem a lenda do flautista mágico. E como só agora iniciaste a leitura desta história, suponho que o nome «Hamelin» não te diga nada. Por isso, escuta com atenção.Hamelin é uma cidade. Não tão grande como a vizinha Hanôver. No entanto, é um pouco maior do que uma aldeia. Possui uma bela muralha sobre a qual trepa a hera viçosa, uma catedral com altos pináculos de pedra trabalhada com grande pormenor, e um magnífico palácio municipal, também chamado «o palácio do relógio», porque, bem no centro da sua fachada, se pode admirar um enorme relógio redondo, cujos ponteiros e números são de ouro puro.A sul da cidade, passa um rio com uma corrente serena e majestosa: o Veser, nas margens do qual os cidadãos costumam passear nos dias de festa, entre altíssimos choupos.Querem um sítio mais agradável do que este para viver?No entanto, quando esta história começa – há mais de seis séculos – os habitantes de Hamelin estavam desesperados. E porquê? A resposta é esta: porque a cidade tinha sido invadida pelos ratos.Os ratos desde sempre lá tinham estado e sempre lá haveriam de estar. Enchiam as caves, os esgotos e os subterrâneos. Mas, como tinham o bom gosto de se manter escondidos, não se dava pela sua presença. E que diriam vocês se, de repente, os ratos – ratos grandes, ratos de esgoto e ratos do campo, ratos cinzentos e ratos de água, em suma, todos os ratos possíveis e imaginários – se fartassem de estar escondidos e, esfomeados, viessem ao ataque? Foi o que aconteceu em Hamelin. Os ratos encheram-se de ousadia, saíram dos seus escuros esconderijos e invadiram tudo. Assaltavam os cães e matavam os gatos, entravam nos berços e mordiam as crianças, comiam o queijo dos caldeirões onde estava o coalho, lambiam a sopa nas conchas das cozinhas, abriam os barris dos arenques salgados e faziam ninhos nos chapéus. A cidade fora invadida por um

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