O enfermeiro e o paciente idoso
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FUNDAMENTAÇÃO CIENTÍFICA Ao longo dos anos, a população idosa vem crescendo em todo o mundo. No Brasil, se não for bem administrado, o aumento dessa população poderá ocasionar situações constrangedoras, principalmente na saúde, em virtude da precariedade dos convênios médicos e do baixo salário da aposentadoria dos idosos. Com a saúde vem também o problema da família, pois os parentes têm dificuldades para cuidar dos seus idosos, encaminhando-os às instituições popularmente denominadas asilos, casas de repouso ou instituições geriátricas. O grupo etário dos idosos foi aquele que mais cresceu e que mais crescerá em relação aos outros. Calcula-se que em 2025 o aumento percentual da população idosa dos países em desenvolvimento será maior do que o dos países desenvolvidos. O Brasil terá a 6ª maior população de idosos em número absolutos, com 32 milhões de indivíduos gerônticos, estimados em 15% da população. Nos últimos 30 anos, essa transição demográfica vem ocorrendo de forma expressiva em nosso país. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o Brasil como um país estruturalmente envelhecido, uma vez que a população acima de sessenta anos já ultrapassa 7% do total de habitantes. Com o crescimento da população e a dificuldade em conciliar familiar e moradia, os idosos mais rejeitados são levados para as casas de repouso ou asilos. Essas instituições são geralmente um caminho sem volta, porque tanto a família como a comunidade tendem a se esquecer dos seus idosos internados. Estes, por sua vez, acabam perdendo a real identidade e cidadania, em decorrência das condutas e comportamentos regidos pelas normas das instituições em que estão inseridos e muitas vezes chegam a desfalecer por desgosto. É muito sorrateira a forma como o adulto tiraniza o idoso que se encontra em sua dependência. Segundo Beauvoir o idoso nessas condições é manobrado de acordo com a persuasão de quem lhe dirige a palavra e muitas vezes enganam-se com a falsa impressão de