O Conhecimento De Que O Texto Trata Aquele Poss Vel A Priori

365 palavras 2 páginas
O conhecimento de que o texto trata é aquele possível a priori, ou seja, aquele que não parta da experiência. Kant, na introdução da Crítica, expõe inicialmente dois tipos de juízos, sintéticos e analíticos. Os juízos analíticos são aqueles que não trazem conhecimento novo, reservando-se apenas a desmembrar no predicado aquilo que o sujeito já continha. Juízos analíticos são a priori, uma vez que não carecem da experiência. São, por isso, necessários e universais (CRP B3). Juízos como: o corpo é extenso são afirmações desse tipo. Uma vez que faz parte do conceito do sujeito – corpo – a ideia de extensão, o predicado em nada acrescentou. Outro tipo de juízo é o sintético. Este, via de regra, é a posteriori, ou seja, parte da experiência. É, portanto, contingente e particular. Afirmações como: o carro é vermelho, são exemplos de tais juízos. O fato de um carro ser vermelho só é verificado após a experiência e não é necessário nem universal, pois carros podem ter cores diversas. A questão posta a seguir é a existência de um terceiro tipo de juízo, os juízos sintéticos a priori. Estes têm garantida sua universalidade e necessidade, acrescentam algo de novo ao sujeito e não partem da experiência, embora, esta esteja presente. São estes os juízos matemáticos e os da ciência em geral. Kant entende que, para se entender a ciência e validar o conhecimento, é preciso necessariamente responder à questão de como são possíveis os juízos
A mudança realizada por Kant é uma troca na direção de ajuste dos pólos da cognição. Se antes era o sujeito que deveria se ajustar ao objeto e um conhecimento verdadeiro era o que mais se aproximava da descrição do objeto exterior, agora, para que o conhecimento se dê, é o objeto que deve ser regulado pelas capacidades cognitivas do sujeito.
Se Copérnico colocou o sol no centro do universo, Kant deslocou o sujeito, mais especificamente a razão, para o pólo central da cognição. Ele acreditava que esta era a chave para o “problema da razão pura”.

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