O banquete

O discurso de Fedro
“Porque, de fato, o que deve orientar os homens que desejam viver uma vida honesta, isto não o dão nem as linhagens nem, as honrarias, nem a riqueza. Só o amor consegue dar isso. Que pretendo sugerir com isto? Que coisa deve orientar os homens? Julgo que às vis e desonestas se liga a desonra e às boas ações está ligado o amor.” (Pg. 103)
O texto sugere que o amor fica acima de todos outros fatores que influenciam o caminho do homem honesto. Muito já se passou desde que o texto foi feito e atualmente vemos este quadro se inverteu e que o amor perdeu espaço diante outros aspectos socioeconômicos, já que nos tempos atuais, onde as pessoas se preocupam mais em ter um bom trabalho, receber um bom salario e viver confortavelmente, a sociedade transformou o amor em algo mais banal e menos importante para a formação de uma pessoa honesta, priorizando o espaço na economia.
“Na luta, um desses exércitos, mesmo reduzido, obteria vitorias sobre todos os inimigos, pois, se um soldado às vezes suporta que seus companheiros o vejam largar as armas e desertar, jamais desejaria que seu amado o visse fugir, e a isso preferia a morte; além disso, ninguém é tão covarde que sucumba ao medo fuja e não auxilie o seu amado abandonando-o nos perigos! Eros inspira coragem aos seus adeptos e os torna semelhantes aos que por natureza são bravíssimos.” (Pg. 104)
A narrativa aponta que Eros tem o poder de otimizar a coragem entre aqueles que nasceram para lutar, dando um objetivo: Defender o individuo por qual sentem amor. Aqueles que iam para a guerra tinham a imagem de que iam para proteger sua nação e as pessoas amadas que nela viviam ( esposa, amante, filhos, parentes em geral ), porém a real intenção muitas vezes era diferente das apresentadas nos contos da época, que fantasiavam um soldado herói defensor da nação amada, onde os reais interesses eram de ganhar espólios para se sobressaírem na sociedade. Há limites na